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Cronologia

A NOSSA HISTÓRIA

1800
Janeiro 15

Incêndio na rua Formosa

Incêndio na rua Formosa

Na madrugada de 4 de Março de 1890, Vila Nova de Famalicão foi palco de um Incêndio de grandes proporções, capaz de “pôr em chamas toda a vila”! As Corporações do Porto, Braga e Barcelos foram chamadas a auxiliar os bombeiros municipais sem meios suficientes para circunscrever o fogo e controlar a situação. Ao final da manhã, depois de horas de aflição e de angústia vividas pela população, a calma regressou à vila.

Janeiro 23

O telegrama

O telegrama

“Como lhes disse em telegrama, um pavoroso incêndio destruiu três prédios e danificou mais dois, e só a coragem extraordinária de quantos acudiram se deve o não ter-se propagado o fogo a todos os prédios que dão para o lado da Feira, em frente à parte norte da capela de Santo António, o que teria acarretado algumas dezenas de contos de réis de prejuízo, e, além disso, com grave risco de pôr em chamas toda a vila.


Foi o incêndio maior que aqui tem havido, sendo consideráveis os prejuízos. O fogo começou na cozinha do prédio de dois andares do sr. José da Silva Abreu Guedes, na rua Formosa n.º 15, onde estava estabelecida uma confeitaria, seriam 10 horas da noite […].


Era tão violento o incêndio, tão eminente o perigo que ameaçava grande número de prédios e tão deficientes os socorros para combater o voraz elemento, que a autoridade administrativa pediu o auxílio de salvação pública dessa cidade [Porto] e de Braga, tendo uns e outros prestado valiosos serviços […] Felizmente não há vítimas, mas sim leves ferimentos em algumas pessoas que mais se arriscaram no perigo.”

Janeiro 23

Primeira Reunião de Sócios

Primeira Reunião de Sócios

No mês seguinte ao incêndio devastador no Campo da Feira, cento e três homens decidem fundar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão. A 6 de Maio são aprovados os Estatutos e, a 16 de junho, tem lugar a eleição dos Corpos Sociais da Associação e do Comando da Corporação.


«Aos vinte dias do mês de Abril de mil oitocentos e noventa, na sala das sessões da Câmara Municipal deste concelho, obsequiosamente cedida para servir de sala das sessões preparatórias da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, compareceu Francisco Maria de Oliveira e Silva e estando presentes diversos sócios inscritos no projecto de formação da mesma associação, declarou que esta reunião tinha sido convocada para nela se proceder à instalação e nomear a comissão para organizar os estatutos da referida associação, propondo para Presidente desta e das futuras reuniões preparatórias o Ex.mo Sr. Joaquim José de Souza Fernandes o que foi aprovado por aclamação».

Janeiro 23

Aprovação dos estatutos

Aprovação dos estatutos

Artigo 1.º É instituída n’esta Vila a – Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários – que tem por fim socorrer os habitantes d’esta Vila, e suas circunvizinhas de qualquer calamidade pública, como inundações, terramotos, desmoronamentos e especialmente em caso de incêndio e suas consequências, quando as circunstâncias o exijam e as condições de visibilidade o permitirem.

Estatutos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão

Janeiro 23

Eleição dos Primeiros Corpos Sociais e do Comando da Corporação

Eleição dos Primeiros Corpos Sociais e do Comando da Corporação

Direção

– Presidente: Daniel Augusto dos Santos

– Vice-Presidente: Silvério Ferreira de Macedo

– 1.º secretário: Francisco Mesquita Correia Guimarães

– 2.º secretário: Manuel Pinto de Sousa

– Tesoureiro: Guilherme Teixeira Folhadela


Assembleia Geral

-Presidente: Joaquim José Sousa Fernandes/p>

– 1.º secretário: Higino Veloso de Macedo

– 2.º secretário: António Vicente de Carvalho Leal e Sousa Júnior


Comando

1.º Comandante: Francisco Maria de Oliveira e Silva

2.º Comandante:Augusto Teixeira Folhadela

Janeiro 23

Instalação da Direção

Instalação da Direção

«Resolveu-se: primeiro, pedir à Câmara Municipal deste concelho a entrega de todo o seu material de incêndios e bem assim o subsídio anual de cento e oitenta e oito mil réis, para o que se vai oficiar à mesma Câmara; segundo, mandar imprimir na tipografia Pereira & Cunha, do Porto, mil exemplares do Estatuto, pela quantia de doze mil réis; […] quarto, mandar fazer na oficina de António Moreira da Silva Couto, cem distintivos a duzentos réis cada um; […] sexto, encarregou-se o Diretor da banda de comprar um bombo, duas caixas e um par de pratos para a mesma […].»


Ata da Sessão da instalação da Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão. Vila Nova de Famalicão, 30 de junho de 1890.

Janeiro 23

Quartel do Campo da Feira

Quartel do Campo da Feira

À aprovação dos Estatutos e eleição dos Corpos Sociais da Associação e do Comando da Corporação, seguiu-se a compra de um edifício com as condições, consideradas adequadas, para a instalação da sede da recém-formada instituição famalicense e do quartel. Até se efectivar a aquisição do imóvel, as reuniões da associação têm lugar nas casas particulares do Presidente da Direcção, Daniel dos Santos, e do Tesoureiro, Guilherme Teixeira Folhadela.


«Aos onze de julho de mil oitocentos e noventa, na casa do Presidente da Associação achando-se presentes todos os membros da Direção foi resolvido o seguinte: […] Que a Direção vistoriasse a casa sita no Campo da Feira e que o Sr. Comandante indica para servir de quartel do material de incêndios e casa da Associação.»


Ata da Sessão da Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão de 11 de julho de 1890.

Janeiro 23

Corpo Ativo da Corporação

Corpo Ativo da Corporação

«Disse por último o Sr. Presidente que atendendo aos relevantes serviços prestados ao corpo ativo pelo ex.mo sr. Arnaldo da Cunha Portugal, com a instrução que espontaneamente veio dar ao dito corpo ativo, sem remuneração alguma, e pelo contrário com assíduo trabalho e com demora de não poucos dias que esteve nesta localidade para desempenho da aludida missão, propunha como único caso de reconhecimento a tão grandes favores que o mesmo Ex.mo Sr. fosse considerado sócio honorário».

Ata da Sessão da Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão de 20 de outubro de 1890.

Janeiro 23

Primeira Intervenção

Primeira Intervenção

Na madrugada de 22 de junho de 1890 a Corporação de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão fez a sua estreia no primeiro combate a um incêndio numa loja na rua de Santo António, de que era proprietário o vice-presidente da Direcção da Associação, Silvério Ferreira de Macedo.

O incêndio foi dado como extinto às 8 horas da manhã. No campo das observações do registo de incêndio n.º 1, o comandante Francisco Maria de Oliveira e Silva escreveu: «Primeiro incêndio em que a corporação prestou serviço».

Janeiro 23

Infante D. Afonso, Comandante Honorário da Corporação de Bombeiros

Infante D. Afonso, Comandante Honorário da Corporação de Bombeiros

No ano a seguir à fundação, a Associação convidou o Infante D. Afonso, irmão do rei D. Carlos, para Comandante Honorário da Corporação. Bernardino Machado ficou encarregado, pelos “amigos de Vila Nova”, de fazer chegar ao Paço Real o convite ao infante.


«Querido Bernardino


Podes anunciar aos nossos amigos de Vila Nova que Sua Alteza O Senhor Infante D. Afonso aceita com prazer o convite que Lhe fizeram, agradecendo muito o terem-se lembrado do Seu nome. Toma esta comunicação como oficial. Os meus respeitos em tua casa e manda sempre O teu já velho amigo» – Carta de Bernardo Pinheiro Correia de Melo, Conde de Arnoso e secretário particular do rei D. Carlos, a Bernardino Machado, a informar que o infante D. Afonso aceitava a nomeação de Comandante Honorário da Corporação. Real Paço de Belém, 12 j.º de 1891.


No ano a seguir à fundação, a Associação convidou o Infante D. Afonso, irmão do rei D. Carlos, para Comandante Honorário da Corporação. Bernardino Machado ficou encarregado, pelos “amigos de Vila Nova”, de fazer chegar ao Paço Real o convite ao infante.

1900
Janeiro 23

Bombas de Combate a Incêndio

Bombas de Combate a Incêndio

Bombas de Braçal movimentadas a força humana, situadas no quartel da rua Adriano Pinto Basto.

Janeiro 23

O Quartel da Rua Adriano Pinto Basto

O Quartel da Rua Adriano Pinto Basto

Em junho de 1901 a Associação Humanitária de Bombeiros de Vila Nova de Famalicão transferiu a sede e o quartel do Campo da Feira, onde se instalara a seguir à fundação em 1890, para um edifício adquirido a um particular, situado em pleno centro da vila, na rua Adriano Pinto Basto.


«A casa é situada na Rua Adriano Pinto Basto, propriedade do sr. António José Luís de Carvalho, onde antigamente viveu o sr. Adeodato de Carvalho, ex-escrivão de fazenda neste concelho. Em óptimas condições, é espaçosa e magnífica, com excelentes baixos, onde se pode preparar um quartel de primeira ordem.» – «O Regenerador» 2.º Ano, n.º 74 (30 Mar. 1901).


A 9 de junho de 1901 abriram-se as portas do novo edifício onde, durante mais de 50 anos, permaneceria a Associação Humanitária de Bombeiros. O extenso programa da inauguração, teve início às «7 e meia horas da manhã, em ponto» com a «condução do material», em cortejo, do Campo Mouzinho para a rua Adriano Pinto Basto, a que se seguiu uma missa, celebrada pelo Prior de Tomar, a sessão solene presidida por Higino Veloso de Macedo, um bodo aos pobres, exercícios do corpo activo no palacete de Joaquim Portela e, por fim, uma ceia, servida no Hotel Vilanovense.


«Na nova sede da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários passa a vigorar, a partir de 19 de fevereiro de 1902, o Regulamento Interno para os sócios que frequentam a sede, assinado pelos membros da direcção, presidida por Higino Veloso de Macedo.»

Janeiro 23

A Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

A Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

«Dom Carlos, por Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Faço saber aos que esta Minha Carta virem que Atendendo ao que Me representou a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão Hei por bem Conceder-lhe o Título de Real denominando-se de ora em diante Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão.»

Carta Régia de D. Carlos I.

Paço de Vila Viçosa, 17 de dezembro de 1903.

Janeiro 23

Incêndios na vila e freguesias

Incêndios na vila e freguesias

Alguns incêndios na vila e freguesias ficaram registados na História do concelho. Nuns casos pelas proporções que tomaram, obrigando a pedir o auxílio de corporações de concelhos vizinhos, noutros casos por terem deflagrado em locais bem conhecidos dos famalicenses, como aconteceu com a casa de Camilo Castelo Branco, local de veneração dos admiradores do escritor, em 17 de março de 1915.


A casa do escritor Camilo Castelo Branco a seguir ao violento incêndio no início da tarde de 17 de março de 1915. Uma curiosa nota inscrita no campo das observações do registo de incêndios informa que «A “acácia do Jorge”, foi salva do incêndio, sendo defendida das chamas que irromperam do prédio incendiado, por uma agulheta permanente.» – Fotografia da Coleção António Christino.


«Ex.mo Sr. Comandante dos Bombeiros Voluntários de V.N. de Famalicão Em meu nome e dos meus filhos, venho, muito penhorada, agradecer a V. Exª e aos briosos bombeiros do inteligente comando de V. Exª, os relevantes serviços que se dignaram prestar-nos no ataque do incêndio da casa que foi do imortal escritor Camilo Castelo Branco. À prontidão e inteligência dos socorros se deve, sem dúvida, não ter ficado reduzida a um montão de escombros esse pequeno património de meus filhos.»


Carta de Ana Rosa Correia, viúva de Nuno Castelo Branco, dirigida ao 1.º Comandante, António Augusto Fiúza de Melo. S. Miguel de Seide, 6 de abril de19cêndio na Casa de Camilo Castelo Branco.

Janeiro 23

O Primeiro Carro Pronto-Socorro

O Primeiro Carro Pronto-Socorro

A partir de 1926 a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão passou a dispor do seu primeiro pronto-socorro para o combate a incêndios.


Os carros de tração animal e braçal que, até então, se utilizavam, começavam a ter os seus dias contados! Para angariar o montante necessário para a aquisição do carro Berliet e da bomba Delahaye a população foi chamada a dar a sua contribuição através de uma subscrição.


António Dias Costa, Vice-Presidente da Assembleia-Geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários em 1922, assumiu-se como o grande benfeitor ao oferecer o chassis do carro.


«O produto dos bilhetes da peça de teatro Coração de Bombeiro, da autoria de Daniel Correia, cuja representação teve lugar em 19 de junho de 1924 na sala do teatro Olímpia de Vila Nova de Famalicão, assim como a venda do livrete (5$000 réis por exemplar), reverteram também para a compra do carro pronto-socorro Berliet.»


«Foi brilhantíssima a sessão solene para a entrega da Autobomba, bizarra oferta da Elétrica, L.da desta Vila, por iniciativa do seu gerente sr. António Dias Costa, ao qual todos os bombeiros devem principalmente este indispensável elemento de Pronto-Socorro para todas as freguesias do concelho. […] A festa do batismo da Autobomba de que foi madrinha a gentil menina Maria Estela Garcia Dias Costa e a bênção por Monsenhor Torres Carneiro, o qual falou enaltecendo a obra do Bombeiro Voluntário.» – «Estrela do Minho». A…., n.º…. (4 jul. 1926).

Janeiro 23

Anos de Afirmação

Anos de Afirmação

Um ato de indisciplina de alguns dos bombeiros da corporação esteve na origem do afastamento do 1.º Comandante, Álvaro Bezerra e da formação de uma nova Associação de Bombeiros na vila de Famalicão, corria o ano de 1927. A irredutibilidade nas decisões que, entretanto, se tomaram, incendiou ainda mais os ânimos, passando a constituir tema de conversa na vila e arredores. É neste cenário de conflito e de alguma instabilidade que surgem, em 1928, os Estatutos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão em letra de imprensa e, no ano seguinte, a proposta de alterações dos uniformes, apresentada pelo 1.º Comandante, Capitão Manuel Moreira Rodrigues de Carvalho.


«Em sua última reunião do dia 24 do corrente, resolveu a Ex.ma Direção que a representação desta Associação se fizesse, nas festas da nossa congénere de Braga, com o carro pronto-socorro devidamente guarnecido. Atendendo a que se tratava de uma Associação muito vizinha e que sempre, em todas as contingências, tem mostrado pela nossa a melhor amizade e a mais prestável dedicação, resolveu este comando que a representação se fizesse por uma delegação composta do Inspetor, Comandante, 1.º Patrão, ajudante do Comando e 2.º Patrão José Veludo. Não agradou, pelo visto, esta resolução a uma parte dos Bombeiros […]. No domingo, 29 do corrente, a rebelião tomou um caráter grave pois que uma parte da Corporação assistiu à saída do carro em atitude desrespeitosa e de chacota, com dichotes e risos. […] Sem qualquer autorização para isso, apresentou-se um numeroso grupo de bombeiros em Braga, entrando no quartel dos nossos camaradas daquela cidade, formados a dois, numa atitude de franca e declarada indisciplina.» – Ata da sessão extraordinária de 31 de maio de 1927.


As reuniões das assembleias gerais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários realizadas em maio de 1926 foram preenchidas com a discussão e a aprovação dos novos Estatutos. A edição dos Estatutos data, no entanto, de 1928, a seguir à dissolução do corpo ativo e à consequente fundação dos Bombeiros Voluntários Famalicenses.


«Um outro ofício do mesmo Comando do Corpo Ativo, propondo para que no plano de uniformes nesta Corporação sejam introduzidas as seguintes alterações: A Corporação terá quatro uniformes, assim designados: grande uniforme (ou de gala); uniforme número um; uniforme número dois; e uniforme número três.» – Ata da Sessão da Direção de 11 de maio de 1929.

Janeiro 23

Grau Oficial da Ordem Militar de Cristo

Grau Oficial da Ordem Militar de Cristo

Nas Comemorações do 44.º aniversário, em 23 de julho de 1934, assistiu-se à imposição das insígnias da Ordem Militar de Cristo na bandeira da corporação pelo Governador Civil de Braga, capitão Lucínio Preza, um momento de especial significado na História da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão.


À noite «as melhores famílias da sociedade famalicense» encheram de glamour o salão nobre da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários com uma soirée dançante que se «prolongou até de madrugada tendo-se dançado animadamente», segundo noticiou um periódico da imprensa local.


Ao baptismo e bênção do pronto-socorro «Delfim Ferreira» marca Packard, pelo Monsenhor Torres Carneiro, seguiu-se a colocação das insígnias na bandeira ao som dos clarins e da apresentação dos machados pelo corpo dos bombeiros.


«… por ocasião da Festa da Comemoração do quadragésimo quarto aniversário desta associação serão apostas na bandeira da nossa Corporação as Insígnias daquela condecoração: […] facto [que] será para todos os associados quer bombeiros, quer sócios de qualquer categoria, um ato de grande regozijo, não só por possuir esta Associação mais uma condecoração e do mais alto grau, pois é a segunda na ordem das condecorações, mas também por a justiça que o Governo da Nação nos fez, dando-nos aquela condecoração atendendo aos altos serviços prestados por esta associação […].» – Ata da Assembleia Geral Extraordinária de 19 de julho de 1934.

Janeiro 23

Exercícios em Cenário de Guerra

Exercícios em Cenário de Guerra

Durante a direcção de Augusto Carneiro de Sousa Fernandes, período a que se reporta o primeiro Relatório e Contas, a corporação recebeu formação para atuar num cenário de guerra, perante um ataque de bombas de gás. A 21 de julho de 1935 o corpo ativo, comandado por António Armando Lopes (1.º comandante) e António Folhadela de Melo (2.º Comandante), exercitou, com máscaras de gás, as manobras de combate a um incêndio.


«É tal a quantidade de fumo que a poucos metros se não distingue o prédio incendiado e neste momento é ordenado o sinal de perigo executado com desusada rapidez, rapidez que causa pânico – mas pânico de verdade. Os bombeiros formam e ao ser-lhes ordenado novo avanço, lá correm eles para os seus postos a continuarem o ataque ao fogo que dominam, por fim. Estava terminado o exercício com máscaras antigás, exercício inédito para nós e que julgamos ser o primeiro que se realiza, neste género, no país.» – «Estrela do Minho». A….., n.º….. (28 jul. 1935).

Janeiro 23

Primeiro Relatório de Contas

Primeiro Relatório de Contas

«Compraram-se mangueiras, fizeram-se bastantes fardas novas para pequeno e grande uniforme tendo-se consertado muitas outras; compraram-se pneus e capas de oleado; reparou-se a bomba Delahaye e substituímos o carro Berliet e Minerva por 2 carros Packards que deixámos devidamente carroçados. Entregamos medalhas de cobre, prata e ouro a todos os Bombeiros que a elas tinham direito; fizemos aprovar sócios da Liga dos Bombeiros Portugueses e fomos nomeados sócios honorários da Sociedade Protetora dos Animais.


Fizeram-se obras no Quartel tendentes ao seu maior tamanho e aformoseou-se a galeria dos beneméritos encaixilhando todos os retratos em novos caixilhos uniformes iguais colocando-se debaixo de cada retratado o respetivo nome pois fotografias existiam que já ninguém conhecida.» – Relatório e Contas de 1933 a 1935 apresentado em Assembleia-Geral Ordinária de 12 de janeiro de 1936.

Janeiro 23

Cinquenta Anos ao Serviço de Famalicão

Cinquenta Anos ao Serviço de Famalicão

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários ao completar 50 anos ao serviço de Famalicão voltou a ser agraciada pelo Presidente da República Óscar Carmona, desta vez com o Grau de Comendador da Ordem de Benemerência. A «festa de “Bodas de Oiro”» só viria a realizar-se três anos mais tarde, em 24 de outubro de 1943, fazendo coincidir a data com a conclusão das obras na sede propostas por Hilário Carvalho.


«Tenho a honra de enviar a V. Ex.ª o incluso Diploma de Comendador da Ordem de Benemerência, com que Sua Excelência o Senhor Presidente da República se dignou agraciar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, de que V. Ex.ª é mui digno Presidente da Direção, sendo-me grato apresentar a V. Ex.ª as minhas felicitações pela distinção que foi prestada a essa tão prestimosa instituição.» – Ofício da Presidência da República endereçado ao Presidente da Direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, José da Costa Jácome, 30 de maio de 1940.

Janeiro 23

As Comemorações das Bodas de Ouro

As Comemorações das Bodas de Ouro

No início de 1943 o edifício da Associação foi submetido a obras de fundo, plenamente justificadas dada a antiguidade do imóvel. Nada ficou por fazer: substituiu-se toda a telha, reparou-se a instalação eléctrica, alteraram-se as escadas de acesso, fizeram-se intervenções na sala de jogos e na Galeria dos Benfeitores, e adequou-se um espaço a salão nobre «com iluminação e mobília […] e tudo o mais que lhe imprimisse solenidade». Para assinalar a reabertura do edifício a seguir à grande reforma por que tinha passado, a Direção decidiu festejar as «Bodas de Ouro» que, três anos antes, em 1940, não tinham sido motivo de comemorações, provavelmente devido à 1.ª Guerra Mundial.


«O Sr. Presidente [Augusto Carneiro Sousa Fernandes] teve palavras de muito louvor para o Sr. Hilário Carvalho pela forma como ele realizou e executou o plano de obras de restauro da sede, dizendo que a forma limpa, asseada e até rica, como a sede hoje a encontra apenas ao seu esforço e vontade de ferro se deve. Elogia ainda a sua iniciativa das festas do 53.º aniversário da casa, que foram brilhantíssimas englobando nesta saudação o sr. Comandante António Melo. […] Manda que se agradeça a todas as pessoas, entidades, imprensa, a todos enfim que, por qualquer modo deram brilho à nossa festa de “Bodas de Oiro” como se resolveu chamar-se.» – Ata da Direção de 30 de Setembro e 30 de outubro de 1943.


«Se bem que observado já em 1940 o cinquentenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, pois a sua fundação data do ano de 1890, vão comemorar-se nos próximos dias 23 e 24 do corrente, depois de concluídas as grandes obras de reparação do seu edifício, as Bodas de Ouro daquela instituição de utilidade pública que tantos e tão relevantes serviços tem prestado à nossa terra. […] Considerando, pois, todos os altos serviços prestados à Terra pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, tenho a honra de propor que esta Ex.ma Câmara, em nome do Concelho, distinga aquela Associação com uma medalha de ouro, cujo desenho se encontra em anexo, e lhe faça a sua imposição no dia comemorativo das suas Bodas de Ouro, devendo ser-lhe comunicada, por escrito, esta resolução.» – Vila Nova de Famalicão e Sala de Sessões, 13 de Outubro de 1943.


«Revestiram-se de rara grandiosidade as festas comemorativas das «Bodas de Ouro» dos Bombeiros Voluntários de Famalicão. […] No domingo, às 9 horas, com todo o corpo ativo formado procedeu-se ao içar da bandeira da Associação, a cuja cerimónia assistiu uma verdadeira multidão que desse modo se quis associar-se às festas cinquentenárias dos Bombeiros. […] Hilário Carvalho, alma da Festa, alma da Associação e principal obreiro das grandes transformações por que passou o edifício, teve à sua parte um quinhão considerável nas homenagens tributadas à Associação. Bem as mereceu e pode dar-se por muito satisfeito com o triunfo da sua festa.» – «Estrela do Minho». A. ….., n.º…. (24 out. 1943).

Janeiro 23

Medalha de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses

Medalha de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses

No ano seguinte, em 1944, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Famalicão recebeu outra medalha, também de ouro, da Liga dos Bombeiros Portugueses. Tão honrosa a distinção não só encheu de orgulho os dirigentes e os briosos soldados da paz da corporação como dignificou a histórica instituição.

Janeiro 23

Incêndio na Câmara Municipal e Escolas Conde de S.Cosme

Incêndio na Câmara Municipal e Escolas Conde de S.Cosme

Na madrugada de 5 de abril de 1952 um violento incêndio deflagrou no edifício da Câmara Municipal. As duas corporações locais, apoiadas pelos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave e Braga e pelos Bombeiros Municipais da mesma cidade, foram chamadas a combater o fogo. Perante um acontecimento de tamanha proporção, nunca visto na vila, a população cerra mobilizou-se para ajudar os bombeiros a retirar do interior do edifício tudo quanto pudesse ser salvo. A notícia do incêndio dos Paços do Concelho de Vila Nova de Famalicão, amplamente divulgada na imprensa local e nacional, correu o país de norte a sul!


«Este trágico espectáculo ficará memorável pela invulgar impetuosidade e por se tratar nomeadamente da «casa municipal» — um edifício concluído há mais de sessenta e cinco anos, duma traça arquitectónica equilibrada na sua época, considerado entre os melhores.» – «O Primeiro de Janeiro». A. 84, n. 95 (6 Abr. 1952).


«Dentro do edifício encontravam-se três cofres-fortes um dos quais contendo duas ou três dezenas de contos, pertencentes à administração do concelho e que caiu das águas-furtadas onde foi encontrado com o dinheiro intacto. Estavam também nele guardadas duas pistolas carregadas que se desfecharam com o calor perfurando as balas as chapas de ferro e espalhando-se os projécteis em todas as direcções.» – «O Século». A. 72, n. 25150 (6 Abr. 1952).


Passados 52 dias Famalicão voltava a ser notícia nas páginas dos jornais! Um novo incêndio, desta vez nas antigas Escolas Conde S. Cosme, situadas nas imediações da Câmara Municipal, reconvertidas, entretanto, em instalações provisórias de repartições públicas. Muitos dos documentos que haviam sido armazenados nas escolas a seguir ao incêndio de abril, acabaram destruídos. Perdia-se assim, irremediavelmente, uma parte do património documental histórico de Vila Nova de Famalicão.

Janeiro 23

A Banda dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão

A Banda dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão

A Banda dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, composta de «todos os sócios de mérito», formou-se no ano seguinte à fundação da Associação, tendo a sua direcção sido entregue a José Maria da Costa. O talento dos músicos e a qualidade musical das interpretações sob a batuta do «hábil regente» ultrapassou, em muito pouco tempo, as fronteiras de Vila Nova de Famalicão. Nas deslocações da Banda na década de 90 do século XIX a Viana do Castelo, Póvoa de Varzim e Porto, as suas atuações foram sempre alvo dos mais rasgados elogios.


«Aqui se criou a afamada Banda dos Bombeiros que a mão hábil do grande José Maria da Costa sabiamente dirigia e que tantos e tantos louros trouxe à nossa corporação e à nossa terra.»


Discurso de Hilário de Carvalho na posse do assistente religioso da corporação Padre António José Guimarães em 1 de julho de 1955.


Por entre as árvores é visível o coreto, construído em 1892 no Campo Mouzinho de Albuquerque, onde tinham lugar as atuações da Banda dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão. Passadas duas décadas, em 1913, a Câmara Municipal ordenou o seu desmantelamento, terminando assim com os espectáculos da Banda ao ar livre no palco privilegiado da vila.


«Tocou ante-hontem no seu coreto, ao Campo Mousinho, esta distincta banda, sob a direcção do seu habil regente, o nosso amigo sr. José Maria da Costa.


O reportório das peças musicaes que foram executadas, desde as 2 ás 4 horas da tarde, agradon immenso, como sempre. Pena é que tão distincta banda se não faça ouvir mais a miude. Se o nosso amigo sr. José da Costa e os seus musicos, rapazes geralmente estimados, o quizessem, tudo se conseguiria.» – O Famalicense. A1, nº29 (11 dez. 1908).

Janeiro 23

Novo Quartel em Projeto

Novo Quartel em Projeto

Como os primeiros anteprojetos apresentados pelos arquitectos Casais Rodrigues e Francisco Augusto Braga não mereceram a aprovação da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários, Hilário Carvalho solicitou o estudo do projecto a um homem da vila, o Eng.º Pinheiro Braga. Em Setembro de 1959 o Ministro das Obras Públicas, Eng.º Arantes de Oliveira recebeu em mão o anteprojecto, durante uma visita oficial que realizou a Famalicão. A sua não aprovação em Lisboa conduziu a um novo anteprojecto, igualmente reprovado pelos serviços centrais «por ninharias que nada valiam». Serão ainda necessárias mais duas tentativas até à aprovação do projeto da autoria do Eng.º Pinheiro Braga, por despacho de 30 de junho de 1960.


«Às vezes que corri para Braga e Porto, as cartas e ofícios que escrevi são um somatório de força de vontade que chegou a enervar-me. Outros trabalhos depois vieram. A comparticipação que se tornava precisa para se poder dar início à obra. Foram novas canseiras que enfim se venceram […]. Mudámos para a nova casa, sem qualquer festa em 6 de outubro de 1962.» – Hilário de Carvalho – “Para a História dos B. V. de Famalicão – A construção do seu novo quartel” (Texto dactilografado). Maio 1961.

Janeiro 23

Saída do Velho Quartel

Saída do Velho Quartel

«Vamos deixar esta casa para onde os nossos antepassados – em 1900 – há portanto 58 anos – a transferiram do Campo da Feira e onde a fundaram em 1890. Vamos dar um passo memorável nos anais da nossa associação e que a vai colocar sem discussão como a primeira da nossa terra e, se a vontade não faltar, a melhor instalada no País. Queremos antes de deixar este edifício onde tantos já passaram e onde todos vós fizestes a vossa inscrição como voluntários, assinalar esta data com motivos que digam aos vindouros que foi a nossa vontade, o nosso querer e a ânsia de tornar invejada a nossa corporação que permitiu a realização deste sonho da construção dum novo quartel que dentro em pouco vamos tornar uma realidade. […] E para recordar, para que eles estejam presentes aqui connosco nesta hora de alegria e saudade, peço-vos respondam PRESENTE, a cada nome que vou pronunciar: Francisco Maria de Oliveira e Silva; Higino Veloso de Macedo; António Augusto Fiúza de Melo; Álvaro Carneiro Bezerra; Capitão Manuel Rodrigues de Carvalho; Tenente Lauro de Barros Lima; Tenente Armando Lopes: António Folhadela de Melo.»


Excerto do discurso proferido por Hilário de Carvalho em 7 de Setembro de 1958, o dia em que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão saiu definitivamente das suas instalações na rua Adriano Pinto Basto.


«A cerimónia teve alegria e muita tristeza. Fizeram-se muitas fotografias dos diretores e bombeiros de então, descerrou-se no quartel o retrato do comandante Fernando Soares, arvorou-se e arreou-se no mastro, pela última vez a bandeira do mastro exterior, cerimónia que procedeu José Sampaio da Silva (Zé Veludo) e Hilário Carvalho com a corporação inteira formada na Rua ao som de clarins. Houve lágrimas e risos. Depois com os bombeiros nas viaturas fez-se um desfile que seguiu pela Rua Adriano, Rua de Santo António, Rua Direita, de novo Rua Adriano Pinto Basto até ao Posto de Polícia de trânsito passando defronte dos terrenos para a nova sede e recolheu-se à Rua Alves Roçadas para a Garagem Soares Lda. em prédio pertencente a Fernando da Silva Soares onde se fez a sede provisória, A seguir fomos todos almoçar à pensão Vilanovense – diretores, bombeiros ativos, motoristas, honorários e jornais. Houve discursos e muita fé.»


Hilário de Carvalho – “Para a História dos B. V. de Famalicão – A construção do seu novo quartel” (Texto dactilografado). Maio 1961.


«Desde há anos que Hilário Carvalho advogava a ideia da construção dum novo quartel para os B. V. Famalicão atendendo ao reduzido espaço que possuíam as suas instalações na R. Adriano Pinto Basto e nesse sentido numa reunião da assembleia geral, em relatório de contas por si minutado, a ideia foi pela primeira vez ventilada em reunião da assembleia geral. […] Passaram mais uns anos e os Correios e Telégrafos desejam um prédio na Vila para novas instalações. Hilário fala então ao presidente da Câmara Sr. Álvaro Marques na possibilidade do nosso [quartel] servir para os C.T.T. Vistoriado verifica-se que não serve. Mais um compasso de espera até que Hilário lê no jornal Estrela do Minho que a Câmara ia construir nos jardins da casa Folhadela uns anexos para salas de aulas para matricular mais alunos na Escola Comercial e Industrial. Hilário sem ouvir ninguém vai à Câmara Municipal […] e propõe, sob condição, a venda do Prédio da Rua Adriano por 500 contos e a indicação dum terreno para uma nova construção, além dum subsídio para início das obras e todas as facilidades concedidas pela Câmara. […] Em reunião de direção de 23 de julho de 1958 Hilário propõe a venda da casa e uma nova construção. Aprovada a sua proposta logo se convoca a assembleia geral extraordinária para o dia 30 de julho de 1958 para que os sócios se pronunciem sobre a venda da casa. Apareceu bastante gente e da boa-fé defendida por Hilário a assembleia geral aprova que se venda o prédio da Rua Adriano e se empregue o seu produto numa nova sede.»


Hilário de Carvalho – “Para a História dos B. V. de Famalicão – A construção do seu novo quartel” (Texto dactilografado). Maio 1961.


«Em reunião de direção de 23 de julho de 1958 Hilário propõe a venda da casa e uma construção. Aprovada a sua proposta logo se convoca a assembleia-geral extraordinária para o dia 30 de julho de 1958 para que os sócios se pronunciem sobre a venda da casa. Apareceu bastante gente e da boa fé defendida por Hilário a assembleia-geral aprova que se venda o prédio da Rua Adriano e se empregue o seu produto numa nova sede.»


Hilário de Carvalho – “Para a História dos B.V. de Famalicão – A construção do novo quartel” (Texto dactilografado), Maio de 1961.

Janeiro 23

Inauguração do Novo Quartel

Inauguração do Novo Quartel

O tão aguardado dia da inauguração das instalações do novo quartel chegou a 28 de setembro de 1966. As cerimónias oficiais, onde marcaram presença as entidades locais e regionais, representadas ao mais alto nível, foram presididas pelo Ministro do Interior Santos Júnior.

Janeiro 23

Bodas de Diamante

Bodas de Diamante

No mês seguinte ao ato solene da inauguração do quartel, em 16 de outubro de 1966 os Bombeiros Voluntários de Famalicão voltaram a estar em festa com as Comemorações das Bodas de Diamante. Eram, assim, passados setenta e cinco anos inteiramente devotados ao serviço da população de Famalicão!


As Comemorações terminaram com um jantar de confraternização organizado no quartel. No momento dos brindes foram muitos os que quiseram tomar a palavra num momento de tão alto significado para a história da velha Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Famalicão. No seu discurso, Hilário Carvalho rememorou os nomes de muitos sócios que no passado, tinham contribuído para a fundação e o engrandecimento da instituição.

Janeiro 23

Quartel de Final de Século

Quartel de Final de Século

Em 5 de outubro de 1985, teve lugar a bênção da primeira pedra do novo quartel na rua Rebelo Mesquita, o qual viria a ser inaugurado cinco anos depois, no dia em que eram decorridos 100 anos sobre a data da fundação da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão.

Janeiro 23

Festas de Centenário

Festas de Centenário

As comemorações do Centenário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, em 6 de maio de 1990, foram vividas num clima de grande festividade e de fortes emoções. Com o arrear das bandeiras do quartel do Campo Mouzinho de Albuquerque, onde a sede da corporação se instalara a partir de 1966, finalizava-se mais um capítulo da história desta associação centenária, para logo se iniciar outro novo capítulo, já nas instalações do novo quartel.


Assistiram às comemorações o ministro da Administração Interna, o Arcebispo Primaz de Braga, o Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e muitas outras individualidades de instituições famalicenses e da região Norte. Ao tributo prestado ao 1.º Comandante Fernando Soares, no desempenho dessa função desde 1951 e, como tal, o comandante que mais tempo se manteve na liderança da corporação, seguiu-se a bênção do novo quartel pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Eurico Nogueira, e a inauguração das instalações pelo ministro Dr. Manuel Pereira.


A sessão solene e o desfile das corporações de bombeiros do Distrito de Braga, que contou com a presença de 300 homens e 52 viaturas, constituíram também pontos altos das Festas do Centenário.

Janeiro 23

Homenagem ao Comandante Fernando Soares

Homenagem ao Comandante Fernando Soares

No início de junho de 1929, Fernando da Silva Soares alistou-se na Corporação de Bombeiros Voluntários. Começava, assim, uma longa história de vida de um homem inteiramente dedicada ao ideal humanitário do voluntariado. Proposto para Comandante da Corporação em março de 1951 por reunir «as qualidades precisas para desempenhar bem essa missão», manteve-se nas funções de comando até 1991. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Famalicão soube reconhecer os muitos anos de companheirismo ao lado dos seus homens e de serviço à comunidade, homenageando o valoroso comandante no dia do seu 80.º aniversário natalício, 20 de janeiro de 1992.


«Mesmo com a vaidade a encher-me o peito e a rebentar com o “dólman”, permitam-me V. Exas. que lavre aqui o meu maior reconhecimento pela Homenagem e pelas cerimónias que ficaram a assinalar a minha passagem ao Quadro Honorário. Saí do Ativo, como se diz na gíria toureira, em ombros e pela porta grande. Não merecia tal. […]


Guardei para o fim o mais caro ao meu coração de Bombeiro: o gabinete dentro do quartel onde me fiz bombeiro, perto dos carros de fogo e das ambulâncias, junto aos Bombeiros e à mão de semear do gabinete do Comando, onde na medida das minhas forças e da experiência acumulada poderei continuar a servir com a utilidade que V. Exas. entenderem, a Real Associação de Bombeiros Voluntários de Famalicão – que foi toda a minha Vida, que é a minha Vida.»


Carta do Comandante Fernando da Silva Soares à Direção dos Bombeiros Voluntários de Famalicão – Vila Nova de Famalicão, 20 de janeiro de 1992.

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